23 junho 2007

Metta sutra

Isto é o que deve ser feito

por aqueles que são hábeis na bondade,
e que conhecem o caminho da paz:
Que eles sejam capazes e direitos,
honestos e de fala gentil,
humildes e sem pretensões,
Contentes e facilmente satisfeitos.
Sem o fardo de compromissos,
e frugais no seu trato.

Pacíficos e calmos, sábios e éticos,

Livres de orgulho e exigências.

Que não façam nunca a menor coisa

Que os sábios possam depois censurar.

Desejando:

que todos os seres estejam bem.
Sejam eles fracos ou fortes, sem excepção,
Os grandes, médios, ou pequenos,
visíveis e invisíveis,
próximos e distantes,
nascidos ou por nascer.
Que todos os seres estejam bem!

Que ninguém engane o outro
ou despreze seja quem for,
que ninguém por raiva ou maldade
deseje mal a outrem.

Tal como uma mãe arriscaria sua vida
para proteger o seu filho, o seu único filho,
da mesma forma, com um coração sem limites

Abranjam todos os seres;
Irradiando bondade e amor para o mundo inteiro:
Para cima, até aos céus,

Para baixo até às profundezas;

Sem obstáculos e em todas as direcções,
livre do ódio e da má vontade.
Quer seja parado ou a andar,
sentados ou deitados,
Livres de torpor,
cultivem este amor sem limites.

Chama-se a isto um estado sublime.
Por não se agarrem a ideias fixas,
Aqueles de coração puro, com visão desimpedida,
Sendo livres de todo o desejo sensorial,
Não voltam a nascer neste mundo.