26 setembro 2007

lótus


It's like this: The high plateau does not produce lotus flowers; it is the mire of the low swamplands that produces these flowers. Vimalakurti


É assim: nos altos planaltos não nascem flores de lótus; elas nascem nos pântanos.
(citado por Amy Hollowell)

Encontro Inter-Religioso de Meditação


A União Budista Portuguesa convoca toda a comunidade budista a associar-se a este primeiro encontro de praticantes de diferentes tradições e religiões para vivermos, em silêncio meditativo, a experiência da presença em comum perante o que para cada um for mais sagrado.
Lembramos que este encontro - cuja feliz iniciativa partiu da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã e que foi por nós e por todas as principais comunidades religiosas portuguesas entusiasticamente recebida – corresponde plenamente ao compromisso que a União Budista Portuguesa recentemente assumiu com Sua Santidade o Dalai Lama de tudo fazer para promover a harmonia inter-religiosa em Portugal, um dos próprios empenhos fundamentais de Sua Santidade.

A recepção será feita às 18h e o encontro começará com breves leituras de textos espirituais de cada comunidade, seguindo-se 25 minutos de meditação em silêncio. No final haverá um convívio informal.

Contamos com a vossa presença nesta experiência pioneira em Portugal e que se visa tornar regular. É importante que o diálogo inter-religioso se enraíze no silêncio inter ou trans-religioso.

Paulo Borges

21 setembro 2007

O que é o Zen?

com sensei Amy Hollowell

Em Coimbra, palestra, sexta-feira dia 28 de Setembro, às 19h.
Local: no edifício da Associação Académica de Coimbra, auditório Salgado Zenha
Entrada livre

No Porto, dia Zen, sábado dia 29 de Setembro, das 10h às 17h
Programa: introdução ao Zen, introdução à prática da meditação
Local: UBP Porto, Rua da Restauração, 463, 2.º Porto
Contribuição: €30 (estudantes e membros €25)

Em Lisboa, domingo dia 30 de Setembro, das 14h30h às 17h30
Programa: introdução ao Zen, introdução à prática da meditação
Local: UBP Lisboa, Calçada da Ajuda, 246, 1º Dto. Lisboa
Contribuição: livre

Amy Hollowell Sensei é a primeira sucessora de Roshi Catherine Genno Pagès, responsável pelo centro Dana, em Paris. Amy Hollowell nasceu em Minneapolis, nos Estados Unidos, em 1958. Emigrou para França em 1981 no final dos seus estudos universitários. Actualmente é jornalista num quotidiano internacional com sede em Paris. É também poeta - os seus poemas foram publicados nos Estados Unidos e na Europa. Começou a estudar o Zen com Catherine Pagès em 1993 e ensina sob a sua direcção desde o ano 2000. Recebeu a transmissão do Dharma em 2004. Ensina a prática da meditação silenciosa (shikantaza) e a prática dos Koans.

Organização: União Budista Portuguesa
Delegação do PortoRua da Restauração, 2.º 4100-506 Porto
E-mail: ubporto@gmail.com
Web page: http://uniaobudistaporto.org/
Blogs: http://uniaobudista-porto.blogspot.com/
http://gota-de-orvalho.blogspot.com/
http://zen-pt.blogspot.com/
Blog de Amy Hollowell Sensei: http://zenscribe.ovh.org/
Para mais informações: 917088371 (Porto) / 919436029 (Lisboa) / 919129058 (Coimbra)

Curso de Introdução à Meditação Budista


Datas: Segundas-feiras de Outubro de 2007 - dias 1, 8, 15 e 22, das 20h15 às 22h15
CURSO COMPLETO - não podemos aceitar mais inscrições!
A meditação é uma via para nos tornarmos mais cientes e despertos à nossa experiência a cada momento. Todos os seus efeitos, desde o simples relaxar à realização espiritual, derivam deste mesmo princípio. A curto prazo, a meditação é um antídoto para o stress, permitindo-nos viver com mais calma e auto-domínio. A longo prazo, é um método para, se assim o quisermos, podermos transformarmo-nos profundamente.

Neste curso aprendem-se duas práticas fundamentais da meditação budista: ATENÇÃO PLENA DA RESPIRAÇÃO, que promove acuidade de consciência e paz de espírito; e METTA BHAVANA – o desenvolvimento do amor e bondade – que trabalha directamente na transformação da nossa experiência emocional. Além destas duas práticas de meditação, vamos também investigar aspectos de postura, preparação para meditar, a meditação e o dia-a-dia, e como lidar com as dificuldades que surgem no caminho.

Orientação: Sagarapriya - praticante do budismo desde há quinze anos, foi ordenado na Western Buddhist Order em 1998, durante o período de cinco anos em que viveu num centro budista em Inglaterra. Desde então tem também praticado com mestres de outras tradições budistas, tanto no Ocidente como na Ásia. Em Portugal orienta cursos e retiros sobre meditação e budismo. É vice-presidente da União Budista Portuguesa.

Preço total do curso: €70
Local: Rua da Restauração, 463, 2.º Porto
Inscrições e informações: tlm 91 7088371 ou por email

19 setembro 2007

Encontro interreligioso












Fotos do encontro interreligioso domingo dia 16, de manhã, por ocasião da visita de Sua Santidade Dalai Lama à Mesquita de Lisboa


16 setembro 2007

Dia III

No último dia de ensinamentos, o Dalai Lama respondeu a perguntas e prosseguiu com o comentário ao livro de Shantieva. Algumas das perguntas relacionavam-se com "o princípio" - podemos encontrar um primeiro pensamento, um primeiro homem? A nível de um determinado estado, podemos encontrar "princípios" (quanto às espécies, por exemplo, o budismo tem em linhas gerais a mesma explicação da ciência), mas não a nível da consciência. Outras perguntas relacionaram-se com o momento da morte e o renascimento. No momento da morte, o karma maispesado e mais próximo vai determinar a existência seguinte. Podemos contudo influenciar as condições de uma nova existência se no momento da morte tivermos uma forte determinação quanto ao espírito de bodhichitta. Portanto o conselho do Dalai Lama é desenvolver o altruismo e o espírito de iluminação. (a continuar)

Com um sorriso

Notícia no DN:

"O meu propósito é a promoção dos valores humanos e da harmonia religiosa. Nestes campos, os governos não podem fazer muito, os media podem fazer mais", disse ontem, em Lisboa, o XIV Dalai Lama, desvalorizando o facto de não ser recebido oficialmente nem pelo Presidente nem pelo primeiro-ministro português. "Onde vou não quero criar embaraços", acrescentou Tenzin Gyatso.

Interrompendo as suas próprias respostas para rir ou dizer que estava a ser "chato", o Dalai Lama resumiu, no final, a sua visita a Portugal: "Recebi um convite e um bilhete de avião. Estou feliz."

14 setembro 2007

Dia II


No início dos ensinamentos foi recitado um sutra em Pali, e através daquela voz e linguagem foi possível viajar no tempo e no espaço, ouvir a voz de tantos outros antes de nós.

A sessão de hoje recuou nos capítulos do Bodhicaryavatara para demonstrar como a compreensão da vacuidade leva à compaixão e à bodhicitta. Ao compreendermos a vacuidade percebemos que o apego à "existência verdadeira" é a causa do nosso sofrimento. Todo o sofrimento procede da ignorância. Ao integrar isto, a Grande Compaixão surge como o desejo de que os seres não sofram. Uma afirmação interessante é que através da compaixão podemos aumentar as nossas capacidades cognitivas.

Do intervalo para o almoço: "hoje em dia a sociedade está de tal forma organizada que é mais fácil viver com mais do que com menos" - isto como um desabafo sobre a prática na sociedade actual, sendo mãe e budista.

De tarde retomamos a questão da compaixão. Habitualmente pensamos só em nós. Mesmo ao falar de amor, associamo-lo connosco - o "meu" amigo, a "minha" namorada. Desejar que todos os seres sejam felizes não surge por si só. Por isso temos de "trabalhar" primeiro connosco. Como desejar o fim do sofrimento para os outros se não começamos por nós? Quando se fala de sofrimento no contexto da compaixão, fala-se do sofrimento condicionado (que depende de causas), da experiência do prazer contaminado (e não da experiência primeira da dor propriamente dita). Portanto temos primeiro que identificar o sofrimento, o estado em que estamos, sob o domínio da ignorância e de emoções negativas. Geralmente não nos preocupamos em eliminar estas emoções conflituosas. Perturbam a nossa paz mental e a dos outros, mas deixamos que nos dirijam. Os nossos inimigos exteriores não são contudo os nossos verdadeiros inimigos, mas sim as nossas emoções conflituosas.No entanto está errado pensar que estas emoções nos sejam naturais ou que nos possam trazer algum benefício... Se a ira fosse a nossa natureza intrínseca, então estaríamos sempre irados. A verdadeira natureza da nossa mente é a claridade - as emoções negativas são distorções que podem ser vencidas, dispersas pela sabedoria.

Após gerar bodhicitta é necessário praticar um estado constante de consciência, de atenção completa e contínua. É necessário estar sempre consciente, pela introspecção e pela atenção. Para curar uma doença, tomamos remédios - da mesma forma, para eliminar as aflições, não basta ler sobre elas. O que nos leva às acções negativas é o pensamento. Por isso o budismo ocupa-se da transformação da mente, pois a mente é o motor da existência.

A aspiração à bodhicitta é potenciada quando na relação com um mestre. Desta forma, seguiu-se uma cerimónia para "gerar o espírito de iluminação", em que os presentes estabeleceram uma ligação com o Dalai Lama.

Com o desejo de libertar todos os seres
Entrarei sempre em refúgio
No Buda, no Dharma e na Sangha
Até atingir a plena iluminação.

Movido pela sabedoria e pela compaixão
Hoje na presença do Buda,
Gero o Espírito da Plena Iluminação
Para o benefício de todos os seres sensíveis.

Enquanto existir o espaço,
Enquanto aí existirem seres,
Possa eu também permanecer
para dissipar a dor do mundo.

13 setembro 2007

Ensinamentos de SS Dalai Lama

Os ensinamentos deste dia em Lisboa aborda o (famoso) IX capítulo de A via do Bodhisattva, de Shantideva (agora editado com uma nova tradução pela Ésquilo). Como frequentemente, o Dalai Lama começou por falar dos diferentes caminhos religiosos e advertiu para o perigo de mudar de crença - e aqueles que mesmo assim se convertem devem fazê-lo após longa reflexão e depois de ter estudado e analisado o ensinamento de Buda.

Para avaliar uma "verdade" ou alguém que se estabelece como autoridade, segundo Nagarjuna, a razão e a lógica deve prevalecer sobre a devoção. Aliás, uma frase recorrente do Dalai Lama durante o dia de hoje é que não se eliminam as emoções conflituosas e a ignorância que lhes está subjacente com orações e os votos do género "possa eu..." - é necessário compreensão, sabedoria. Como gerar a sabedoria? Mais uma vez, não basta a fé, é necessário a dúvida e a investigação.

A compreensão das Quatro Nobre Verdades é essencial para desenvolver a sabedoria - e sabedoria, no Budismo, equivale a compreender a vacuidade, compreender a origem interdependente de todos os fenómenos. Tudo é produzido a partir de condições e por isso tudo é vazio. Da mesma forma, se não se compreende os quatro selos do ensinamento do Buda, não há refúgio.

Uma distinção importante é a de verdade convencional (as aparências) e verdade última ou absoluta (as coisas como elas são). Como distingui-las? A verdade absoluta não é objecto da mente. Neste sentido fala-se de mente dualista, que estabelece uma verdade convencional. Há contudo uma mente que compreende a realidade última. À mente livre de todas as poluições chama-se nirvana.

12 setembro 2007

Dia aberto


e no sábado dia 8 foi o nosso "dia aberto", uma possibilidade de experimentar várias actividades ou de simplesmente conversar e tomar chá (e um bolo de noz e sementes de sésamo fabuloso feito pelo António:). Na foto, o Paulo Fernandes, professor de Chi-Kung, e a Maria Inês, terapeuta

Tomada de refúgio


Foi na semana passada. Quem esteve no domingo no seminário da Boa Nova a ouvir Jigme Khyentse Rinpoche falar sobre meditação ("os nossos problemas não se resolvem resolvendo-os, mas abrindo mão deles"), pôde também "tomar refúgio". Gosto desta foto:)

Aproveito para colocar o link com a notícia da Sic a anunciar a vinda de SS Dalai Lama e a apresentar Jigme Khyentse Rinpoche e Tulku Pema Wangyal:
http://videos.sapo.pt/wgjTCneN6zlTZsEdzo8r

11 setembro 2007

O encontro do Yoga com Todos



Olá a todos

Aqui está o encontro do Yoga com Todos, realizado no Palácio de Cristal.


Abraço amigo

Lécio

08 setembro 2007

Rinpoche em Coimbra

Ensinamentos de Jigme Khyentse Rinpoche em Coimbra

Horário dos ensinamentos:
Domingo, 9 de Setembro das 14.00h às 16.00h
Local dos ensinamentos:

Instituto Raio Azul

Av. Bissaya Barreto, 312 (Rua do I.P.O.)

Coimbra

Contacto:

Cláudia: 96 807 4545

Luisa: 96 464 4598/ 91 644 7245

Diogo: 91 896 0550

Participação:

5 Euros (uma real dificuldade financeira não constitui impedimento para assistir aos ensinamentos)


04 setembro 2007

Dia Aberto Sábado 8 de Setembro


~~ portas abertas das 9h30 às 20h00~~
pode chegar a qualquer hora - haverá alguém para o receber!

Programa

9h30
- abertura e aula de yoga (prof. Lécio)

11h00- Lu-Jong movimentos terapêuticos tibetanos
(a participação está condicionada pelo espaço existente)

14h30 - atelier de vibração de som para adultos
16h00 - atelier de vibração de som para crianças (dos 6 aos 9 anos)
relaxamento e harmonização através da vibração do som
orientação: Maria Inês (com formação e experiência docente em música, actualmente trabalha em reflexologia, taças tibetanas e equilíbrio energético)

16h00 - meditação de relaxamento com Margarida (visualização, meditação guiada)

a partir das 9h - sessões de reiki com Manuela Oliveira

17h30 - Qi Gong (Chi Kung) com Paulo Fernandes
18h00 - Introdução à meditação Zen

as actividades são de entrada livre e gratuita, mas a participação está condicionada pelo espaço; inscreva-se! tlm 91 9544578, 91 7088371 ou email: ubporto@gmail.com

e ainda: feira do livro e venda de alguns artigos para a prática

atendimento contínuo das 9h30 às 20h00 - venha conhecer as nossas actividades e tomar um chá connosco!

ATENÇÃO: Domingo, 9 de Setembro, o Yoga com Todos inicia-se às 10h, no Palácio de Cristal, e é seguido de uma prática de meditação em andamento.